Pages

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Bosch e Bruegel

0 comentários


Há uns 9 meses, li o livro A Peste de Albert Camus. É uma obra fantástica, na qual Camus, mais uma vez, mostrou sua genialidade. No entanto, a capa me chamou mais atenção, o que não deixa de ser curioso, visto que capas de livros nunca prenderam minha atenção. Mas a deste me intrigou, e só descansei quando descobri que a ilustração é a obra do pintor flamengo Hieronymus Bosch (1450-1516). Desde então, ele se tornou um dos meus pintores preferidos.

O pintor Hieronymus Bosch, sob a influência de uma formação religiosa fortíssima e talvez do clima sombrio dos Países Baixos, tem dado forma a passagens bíblicas que tratam do apocalipse. Bosch pinta grandes painéis nos quais mistura diferentes situações bíblicas, em efeitos desconcertantes. Sua mais surpreendente obra, 
A Tentação de Santo Antônio, finalizada no ano passado, retrata um mundo corrupto, grotesco e putrefatato. (Veja)



(Painel central de A Tentação e Santo Antonio,Bosch)


Em minhas leituras sobre Bosch, descobri que ele influenciou o meu pintor favorito, o Pieter Bruegel (1525/1530-1569). Bruegel (Brueghel até 1559) é considerado o primeiro maneirista dos Países Baixos dono de um estilo que o diferencia de seus contemporâneos Tintoretto e El Greco (outro artista que me encanta). O cotidiano medieval, atividades humanas, vida campestre são temas constantes nas telas de Bruegel. Oscila entre o gótico medieval e a pintura flamenga renascentista, e tal como Bosch, seu antecessor, aproveita cada espaço da tela, por conseguinte, a riqueza de detalhes é impressionante. As obras de Bruegel retratam humanos, monstros, animais e figuras híbridas. É Realista nos detalhe, não distorce as figuras como El Greco o faz, porém, no conjunto da obra há um surrealismo que se perdura na pintura surrelista moderna.
Suas principais obras são: O Triunfo da MorteA Torre de BabelTerra de CocaigneA Batalha entre Carnival e Lent, etc. As minhas preferidas são: Jogo de CriançasA Parábola dos cegos A Batalha entre Carnival e Lent.


Jogos das Crianças (1560): Nesse quadro, cerca de 250 crianças participam de 84 brincadeiras.




A Parábola dos Cegos (1568): Essa tela é uma alusão ao Evangelho de Mateus 15:14 "Deixai-os: são condutores cegos: ora, se um cego guiar outro cego, ambos cairão na cova."


Flor do Deserto

0 comentários

Seu nome é Waris Dirie, a Flor do deserto. Nome mais que adequado para essa personalidade linda e delicada como uma flor, porém tenaz o suficiente para sobreviver às adversidades. Ex-modelo internacional e atualmente embaixadora da ONU, é um dos maiores exemplos de persistência, determinação e coragem que já vi.


Saiu de uma tribo no deserto da Somália para as capas das mais renomadas revistas de moda, como a Vogue. Essa trajetória, porém, não foi fácil. O relato pode levar a pessoa mais insensível às lágrimas. Waris nasceu num lugar onde as mulheres não têm voz, e onde ainda é mantida uma prática vil e arcaica: a mutilação genital feminina. A justificativa para tal ato (nada justifica ) é que as partes íntimas das mulheres são sujas e lascívas, portanto deve-se retirar o clitóris, feito isso a mulher estará limpa e digna para um casamento. pode levar à morte, visto que é feito em condições primitivas, sem anestésico, com facas ou pedras.


Aos cinco 5 anos de idade, Waris foi mutilada. Isso deixou marcas profundas nela. Diz que a dor é ... não tem palavras. É para poupar outras meninas do mesmo sofrimento, que batalha contra essa prática. Esse não foi seu único sofrimento. Foi obrigada, aos 13 anos, a se casar com com homem de 60 anos. Se rebelou, fugiu. Foi sua atitude tão destemida que fez com que sua história fosse diferente da das suas conterrâneas.


A trajetória até a fama foi cheia de altos e baixos. Há detalhes que perderiam a essência se narrados por mim, ninguém melhor que Waris Dirie para nos levar à emoção e compartilhar com ela momentos de dor, surpresa, felicidade...


Quem quiser saber mais sobre essa grande mulher, recomendo que compre seu livro : A Flor do Deserto.

Contos de fadas e contos maravilhosos

0 comentários
   


       Fadas, bruxas, príncipes, reis, rainhas, duendes e criaturas falantes fazem parte do universo mágico que compõe as narrativas maravilhosas. Estas narrativas são oriundas da imaginação coletiva e foram  transmitidas através da tradição oral e ainda se perduram lançando seus encantos não só ao público infantil, tido como público alvo, mas também aos leitores  adultos, como assinala Coelho (1987):

A visão mágica do mundo deixou de ser privativa das crianças, para ser assumida pelos adultos. A bela Adormecida, Rapunzel, Chapeuzinho Vermelho e mil e outras narrativas maravilhosas ainda terão algo a nos dizer? Sem dúvida que sim. O que nelas aparece apenas “infantil”, divertido ou absurdo, na verdade carrega uma significativa herança de sentidos ocultos e essenciais para a nossa vida.   ( COELHO, 1987:9)
       
         E qual é o segredo da perenidade das narrativas maravilhosas?  Mais do que simples estórias de encantamento, essas narrativas representam, simbolicamente, temas profundos, questões existencialistas e as mesmas inquietações e desejos do homem atual, transcendendo, portanto, épocas e culturas diferentes. Das formas de narrar, o  Conto de fadas e o Conto maravilhoso são as mais salientes e possuem semelhanças tão grandes entre si que costumam ser confundidas. Há, porém, diferenças significativas entre ambos.
          A partir da origem notam-se as diferenças; enquanto o Conto de fadas  tem origem celta, o Conto maravilhoso tem origem oriental. O  primeiro  pode ter ou não a presença de fadas, mas obrigatoriamente deve ter elementos feéricos. Outra distinção muito significativa, segundo COELHO (1987), é o núcleo problemático, que no Conto de fadas caracteriza-se pela busca do herói pela realização pessoal marcada pelo teor existencialista. Nessa busca, o herói enfrenta adversidades e contratempos, e recebe, na maioria das vezes, o auxílio de uma fada para alcançar seu ideal, o amor. O termo fada vem do latim fatum que significa destino, fado. Sendo assim, atuam como mediadoras  intervindo no destino do herói ou da heroína. Há fadas que podem dificultar a trajetória do herói são comumente conhecidas como bruxas.  A dualidade entre o bem e o mal é outro aspecto importante do Conto de fadas. Nessa batalha, o bem sempre vence o mal, o que indica o conteúdo moralizante dos contos. 
         Por sua vez, os Contos maravilhosos apresentam a problemática da tentativa de ascensão social, realização exterior, segundo COELHO (1987). Nesses contos, o protagonista ou o antagonista partindo da pobreza tenta ascender socialmente e na busca por riquezas acontecem as venturas e desventuras. É importante salientar que as fadas não integram o universo maravilhoso desses contos, outros elementos mágicos estão presentes (duendes, animais e objetos falantes, entre outros).

PERRAULT E OS IRMÃOS GRIMM 

        Nascidas da tradição oral, as narrativas maravilhosas foram coletadas, transcritas e adaptadas. Charles Perrault foi o responsável por adaptar para o público infantil as histórias que antes eram direcionadas para os adultos.  Para COELHO (1987), a intenção de Perrault não era apenas recriar estórias para as crianças:
A partir daí Perrault volta-se inteiramente para essa redescoberta da narrativa popular maravilhosa , com um duplo intuito; provar a equivalência de valores ou de “sabedoria” entre os Antigos greco-latinos e os Antigos nacionais, e , com esse material redescoberto, divertir as crianças, principalmente as meninas, orientando sua formação moral. (COELHO, 1987: 68)

           Em 1697, Perrault publicou a obra que é considerada  o marco do nascimento da literatura infantil,  Contos  da Mãe Gansa. É composta por oito contos  A Bela Adormecida no bosque, Chapeuzinho vermelho, O Barba azul, O Gato de botas, As fadas, A Gata Borralheira, Henrique do Topete e O Pequeno Polegar, sendo seis contos de fadas e dois contos maravilhosos, todavia, sem essa distinção “Mas naquele momento, não havia distinção de espécie entre eles. Eram todos igualados como histórias e contos do passado , que ficaram famosos como Contos da Mãe Gansa.”  (COELHO, 1987: 69)
           O trabalho dos Grimm é o enfoque da presente pesquisa. Folcloristas, filólogos e estudiosos da língua e mitologia germânica, Jacob e Wihlem Grimm foram alemães que se preocuparam em estudar a língua e o folclore alemão. Para embasar  seus estudos lingüísticos, os Grimm coletaram narrativas maravilhosas, lendas, fábulas diretamente da tradição oral 

                     Duas mulheres teriam sido as principais testemunhas de que se valeram os Irmãos Grimm para essa homérica recolha de textos: a velha camponesa Katherina Wieekmann, de prodigiosa memória,  e Jeannette Hassenpflug, descendente de franceses e amiga íntima da família Grimm.” (COELHO, 1987: 73)

   Depois de transcrito e adaptado, esse material  resultou na obra intitulada Contos de fadas para crianças e adultos (Kinder und Hausmaerchen).
          Os irmãos Grimm deram uma nova roupagem às narrativas maravilhosas, uma roupagem desprovida da violência que havia nos contos de Perrault. Como bem assinala COELHO (1987), a violência presente nas estórias de Perrault deu lugar a um humanismo resultante do Romantismo em voga na época. Apesar dessa patente distinção entre os contos de Perrault e dos Grimm, possuem algumas semelhanças , principalmente fundo comum das fontes orientais, célticas e européias, de onde surgiram (COELHO, 1987: 75). Da ampla coletânea de contos e fábulas dos irmãos Grimm , muitos contos se destacam como Os sete Anões e a Branca de Neve, A Bela Adormecida, O Chapeuzinho Vermelho, A Gata Borralheira, Os músicos de Bremen, entre outros. 

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Análise estrutural do conto machadiano Missa do Galo

0 comentários

         O conto Missa do Galo de Machado de Assis, publicado na primeira edição do livro Páginas Recolhidas em 1899, é um dos mais famosos dentre os trezentos contos escritos pelo mesmo.
         É  narrado pelo personagem protagonista Nogueira, que numa retrospectiva insegura, relembra o passado. Volta aos 17 anos, quando esteve hospedado na casa do escrivão Meneses, que fora casado com uma de suas primas, e agora com a boa e santa Conceição. Recorda-se da noite de Natal, quando esperava a meia-noite para acordar o vizinho que iria acompanhá-lo. Enquanto lia Os três mosqueteiros, D. Conceição entra na sala e iniciam um diálogo insinuante, misterioso e aparentemente banal, deixa-o confuso, como bem expressa ao iniciar a narrativa “Nunca pude entender a conversação que tive com uma senhora [...]”,  diálogo que só finda devido à missa que ele deveria ir. No dia seguinte, Conceição age como se nada houvesse acontecido. Nogueira retorna à Mangaratiba e mais tarde toma conhecimento da morte de Meneses e do casamento da boa Conceição com o escrevente juramentado do marido.
         Analisando a estrutura narrativa do conto,  a começar pelo enredo – conjunto de fatos que constituem a ação -  percebe-se que não há ocorrência sucessiva, portanto não-linear. Através de uma retrospectiva o narrador-personagem constrói a narrativa. Primeiramente  há a exposição dos personagens:
                                                A casa em que eu estava hospedado era a do escrivão Meneses, que fora casado, em primeiras núpcias, com uma de minhas primas A segunda mulher, Conceição, e a mãe desta acolheram-me bem quando vim de Mangaratiba para o Rio de Janeiro, meses antes, a estudar preparatórios. Vivia tranqüilo, naquela casa assobradada da Rua do Senado, com os meus livros, poucas relações, alguns passeios. A família era pequena, o escrivão, a mulher, a sogra e duas escravas.

O estabelecimento do conflito acontece quando Conceição entra na sala interrompendo a leitura do jovem.
Inicia-se uma longa conversa, um jogo de sedução subjetivo, uma  aproximação, uma troca de olhares, esses fatos correspondem ao desenvolvimento do conto.
O clímax se dá no momento que Conceição anda inquieta, senta-se sensualmente, seduz o jovem inexperiente:

                                                                        E não saía daquela posição, que me enchia de gosto, tão perto ficavam as nossas caras. Realmente, não era preciso falar alto para ser ouvido: cochichávamos os dois, eu mais que ela, porque falava mais; ela, às vezes, ficava séria, muito séria, com a testa um pouco franzida. Afinal, cansou, trocou de atitude e de lugar. Deu volta à mesa e veio sentar-se do meu lado, no canapé. Voltei-me e pude ver, a furto, o bico das chinelas; mas foi só o tempo que ela gastou em sentar-se, o roupão era comprido e cobriu-as logo. Recordo-me que eram pretas. (1983, 83)

                                                                     Havia também umas pausas. Duas outras vezes, pareceu-me que a via dormir; mas os olhos, cerrados por um instante, abriam-se logo sem sono nem fadiga, como se ela os houvesse fechado para ver melhor. Uma dessas vezes creio que deu por mim embebido na sua pessoa, e lembra-me que os tornou a fechar, não sei se apressada ou vagarosamente. (1983, 84)

O ‘elemento’ braço aparece em várias obras de Machado Quincas Borba, Dom Casmurro, no conto  Uns braços,  inclusive no conto em questão;

                          Pouco a pouco, tinha-se reclinado; fincara os cotovelos no mármore da mesa e metera o rosto entre as mãos espalmadas. Não estando abotoadas as mangas, caíram naturalmente, e eu vi-lhe metade dos braços, muito claros, e menos magros do que se poderiam supor.

                             A vista não era nova para mim, posto também não fosse comum; naquele momento, porém, a impressão que tive foi grande. As veias eram tão azuis, que apesar da pouca claridade, podia, contá-las do meu lugar. A presença de Conceição espertara-me ainda mais que o livro. (1983, p.83)

O desenlace ocorre no momento em que o vizinho bate na janela chamando-o para a Missa. Há uma quebra daquela atmosfera de intimidade e sedução, das quais, aparentemente, não restam vestígios no dia seguinte, pelo menos para Conceição, que demonstra a bondade que lhe é característica.
A presença do quadro de “Cleópatra”, pode ser interpretado como um motivo narrativo associado- importante para a coerência actancial interna. Ao dizer que os quadros estavam velhos e que preferia imagens de santas, Conceição parece querer chamar a atenção de Nogueira para o quadro de Cleópatra, rainha famosa bela beleza e seus romances com Marco Antônio e Júlio César.

O espaço inicial e final da narrativa é o mesmo, trata-se do espaço exterior  - dehors sartreano. Passa-se no Rio de Janeiro, na Rua do Senado, num casa mal assombrada. A ação acontece na sala.
Quanto à representação temporal, trata-se do sistema horológico, objetivo e marcado de forma precisa:
“Os minutos voavam, ao contrário do que costumam fazer, quando são de espera; ouvi bater onze horas, mas quase sem dar por elas, um acaso”. (1983,p.82),
 “Às dez horas da noite toda a gente estava nos quartos; às dez e meia a casa dormia”. (1983, p.81)
  “Naquela noite de Natal foi o escrivão ao teatro. Era pelos anos de 1861 ou 1862” (1983, p.81)
“combinei que eu iria acordá-lo à meia-noite.” (1983,p.81)
A técnica do Flashback é perceptível no conto, a volta ao tempo para recordar algo relevante do passado:
“Nunca pude entender a conversação que tive com uma senhora, há muitos anos, contava eu dezessete, ela trinta” (1983,p. 81).
“Há impressões dessa noite, que me aparecem truncadas ou confusas” (1983,p.85)
Nogueira reflete sobre aquela noite de Natal dezessete anos atrás, para tentar entender aquela conversa com Dona Conceição, conversa que o deixou intrigado e confuso ao longo dos anos.
Quanto à natureza, os personagens pertencem à categoria de seres humanos. São eles: Nogueira, rapaz ingênuo, 17 anos, estudante de Mangaratiba que vai ao Rio de Janeiro estudar preparatórios. Conceição, 30 anos, considerada boa e santa pelo narrador, temperamento moderado, tolerava as traições do marido. Chiquinho Meneses é escrivão, casado com Conceição, antes com a prima de Nogueira, adúltero, morreu de apoplexia. Meneses, sua sogra e as duas  escravas são apenas citados na narrativa.
Os personagens principais são Conceição e Nogueira, sendo este o protagonista, pertencente ao primeiro plano. Conceição é uma personagem esférica, a princípio era natural, previsível, benigna, mas naquela noite de Natal, surpreende o narrador-personagem e o próprio leitor, revela-se uma mulher sedutora, insinuante, madura.
O vizinho, inconscientemente, é o antagonista, pois atrapalha um momento de enlevo do protagonista.
O nome dos personagens, às vezes, é um pretexto motivacional, pode ser um dos motivos associado à ação. Como ocorre com Conceição:
                               
                                     “O nome da personagem alude à Imaculada Conceição, mas vem de concipio, composto de cum (com, junto a) e capio (tomar, agarrar, aferrar). Se o erotismo e a capacidade de sedução de Conceição são reprimidos, inconsistentes, quase (in)existentes, no momento da representação o seu olhar perturbador persegue Nogueira.” (1996)

Em Missa do Galo  há apenas a visão do narrador-personagem, por conseguinte, ele mais conta (‘telling’) do que mostra (‘showing’). Segundo a proposta de Komroff, trata-se de um narrador interno – primeira pessoa, protagonista. Na topologia de Norman Friedman: “eu” protagonista ou narrador-protagonista, aquele que é limitado, não onisciente. Como a narrativa é retrospectiva, memorialista, está sujeita a falhas, incertezas:
Há impressões dessa noite, que me aparecem truncadas ou confusas. Contradigo-me, atrapalho-me.(1983, p.84)
De acordo com a teoria das visões na narrativa de Jean Pouillon, a relação narrador-personagem  neste conto machadiano, é a visão com, na qual o narrador é limitado, expõe o seu ponto de vista  sobre os outros personagens, acontecimentos e sobre si mesmo. Analisa as reações alheias, mas não tem certeza delas, não é onisciente. “ Talvez esteja aborrecida” pensei eu (1983. p82) (grifo meu)

Após a análise, algumas indagações foram sancionadas, outras surgiram, muitas interpretações são possíveis, como bem diz Gotlib:
 Na verdade, nem ele, nem nós conseguimos ir até o final das conjeturas, para chegarmos a uma conclusão sobre o que realmente aconteceu naquela noite, entre Sr. Nogueira e d. Conceição [...]
Por conseguinte, esse conto, assim como outras obras de Machado, representa um desafio, um enigma para o leitor, além de proporcionar um leque de interpretações das mais variadas dependendo da visão de cada pessoa.


REFERÊNCIAS

  • GANCHO, Cândida Vilares. Como analisar narrativas. 4. ed. São Paulo: Ática, 1997.
  • LEITE, Lígia Chiapini Moraes. O foco narrativo.  São Paulo: Ática, 1985.
  • __ “Missa do Galo”: ironia romântica amor e leveza. In_____caderno Cepusc de Pesquisa. Série ensaios. n2. Belo Horizonte: PUC Minas, p. 34 – 42 (Site: www.ich.pucminas.br/.../Missa%20do%20galo%20revisado.pdf  / em 25 de Novembro)
  • ASSIS, Machado de. Missa do Galo. In____Machado de Assis Contos. 10 ed. São Paulo: Ática, 1983, p.81-85
  • ·    GOTLIB, Nádia Batella. Teoria do Conto. Série Princípios Editora Ática; Rio de Janeiro, 2006 (versão em PDF)